17 de maio de 2010

Vítima da Vida, eu? NÃOOOO

Estava refletindo sobre minha história de vida. Uma história de dificuldades, ausências, perdas, recursos escassos, falta de perspectivas, anos seguidos à espera de uma mudança, de novas possibilidades.
Minha família é uma típica família grande, 6 irmãos, pais separados, divórcio...
A auto-piedade e a rejeição foram sentimentos que me acompanharam por muitos anos. Sentia-me inferior a todo mundo, rejeitada pelas pessoas que eu amava, quantas vezes coloquei ponto final em grandes amizades porque julguei que o outro não era recíproco o suficiente, porque me sentia uma pessoa inaceitável..

Pobre garota! Vítima da vida!

Entendo agora, que se você se coloca como vítima da vida, vítima da vida você será!
Passado esse tempo, vivendo outra fase de minha vida, vejo que essa postura é um atraso absoluto em nosso crescimento. Nos subestimamos e nos viciamos em agir abaixo de nosso potencial.
Mas a vida passa, nosso tempo aqui e curto demais pra ficar detido nesse tipo de armadilha.
Precisei quebrar a cara muitas vezes pra aprender a ter uma postura diferente diante da vida, e um auto-conceito realista.
Só após assumir uma postura ousada perante a vida, após meter a cara e correr atrás daquilo que eu queria, eu consegui crescer, avançar, superar meus limites e os limites que as circunstâncias me impõe.
Crescer é isso!
Crescer é deixar de lado o que pensam de nós, é olhar para si com e perceber-se como somos de verdade, com realismo, sem afetação, complexos!

Quando nos sentimos vítima da vida, achamos que todas as pessoas nos devem algo, julgamos-nos sempre os desprivilegiados, os que sofrem mais, até nossas orações e relacionamento com Deus é sempre abaixo do que a graça nos concede, e a vida é sempre um atraso.

A vida continua difícil, os desafios diários como professora, rotina pesada para deixar meu currículo profissional qualificado, dinheiro limitado, gente egoísta por perto, os desafios de ser mulher numa sociedade machista, a luta constante para ter meu espaço nos lugares onde estou, e os sonhos numa dimensão impossível, é, todas as barreiras estão aqui, mas hoje não perco tempo me sentindo uma pobre alma, aprendi a olhar as dificuldades com realismo, aceitar as perdas sem pessimismo, me regozijar com as conquistas, de forma equilibrada, tranqüila, sempre olhando para frente.

A vida é isso, alguns têm melhores oportunidades, mas eu só vivo minha própria vida, e quero vivê-la da forma mais nobre possível, para glória de Deus.

Tempo de avançar!



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