24 de fevereiro de 2008

Que cristianismo é esse nosso? ...

Eu sabia desde o principio que 2008 seria um ano significativo para mim. O ano que terminou foi o primeiro degrau onde pude repensar meus estudos ao recomeçar outra graduação, mas agora ao ingressar na pós-graduação, vislumbrando um mestrado, o contato diário com algumas ciências e conhecimentos fascinantes como sociologia, antropologia, história, psicologia, já começa a desconstruir paradigmas e o senso comum. Uma revolução!

Compreendo que o próprio Deus, que forneceu a humanidade o conhecimento, a ciência, que é um acervo libertador, se o homem não o utiliza para os fins devidos não é culpa do Eterno, mas que a sabedoria dele se revela através do saber construído pelo homem ao longo da história isso é óbvio! E como esse conhecimento é libertador!
Um exemplo claro foi a discussão que tivemos em sala de aula sobre a desigualdade e o processo de exclusão social. Na educação trabalhamos com os dados alarmantes de violência e desconstrução social atual. Dados comprovados no convívio diário com as comunidades periféricas.

Muitos acreditam não serem aprovados em vestibulares, concursos, e não terem acesso a bens e serviços por não estudarem, porque não se esforçaram o suficiente, ou seja, o paradigma da sociedade meritória, você não tem méritos para isso, e aceitam cabisbaixos a própria desgraça. Na verdade esses excluídos são vítimas de um modelo cruel reproduzido no Brasil desde a sua colonização, onde os melhores recursos culturais, científicos, e econômicos ficam nas mãos da minoria dominante, e que esse modelo social tem a função de manter milhões ali, ás margens da miséria, da pobreza.

Outra coisa que me fez orar, pensar, e está me fazendo reconsiderar muito do que aprendi como cristã diz respeito as ideologias da igreja, que também reproduz esse conceito, e diz: se você não for assim, não fizer isso ou aquilo, jamais entrará no Reino dos céus. Como igreja somos agentes de exclusão, o numero dos que reprovamos e lançamos fora de nosso convívio é maior do que os que ganhamos, e eu me perguntei esses dias, quem somos nós para condenar a sociedade, apontar os pecados dos outros? Nós somos um grupo, que por conhecerem (parcialmente e/ou a interpretarem de modo particular) a Palavra de Deus, ditamos regras, condenamos, mas nos mantemos absolutamente INDIFERENTES as desgraças que ora massacram a sociedade. Somos incapazes de pensar e agir em prol do bem social, sim, nós que dizemos ter a vida eterna, e as palavras que podem curar. Se nos mantemos indiferentes e distantes, fingindo não saber dos milhares que morrem vítimas da violência, dos que estão presos pelo vícios, e dos que caem na armadilha da prostituição e outras indescritíveis desgraças, então não somos de fato cristãos.

Uma das características mais marcantes em Cristo, é que Ele realmente se importou com o individuo e com a sociedade onde este individuo se inseria. Se preocupou e curou doentes do corpo e da alma, alimentou famintos, se misturou aos desgraçados e imundos da sociedade e condenou irado a hipocrisia religiosa. Ele foi alem do discurso vazio, e isso custou-lhe tudo, morreu por suas convicções e para salvar essa humanidade decadente.

Esse não é o Cristo que vemos nos discursos e no convívio religioso! Não é o cristianismo que praticamos, não é o Cristo que realmente foi... esses são os pensamentos que ora se conflitam em minha mente... e me faz repensar minha vida e ação como cristã, educadora, cidadã... Ser como Cristo!!

7 de fevereiro de 2008

Acampe 2008 ... fim de férias!

Bem, aqui estou eu, no silencio e conforto de minha casa, prontíssima para o retorno as atividades, trabalho, faculdade e em 2008 pós-graduação. Será um ano bem intenso, exigirá de mim disciplina ao usar meu tempo.

O fim desse maravilhoso período de férias coincidiu com o Acampe da igreja, e durante o mês de janeiro estive bem ocupada com os preparativos da equipe de louvor MJ, o som para o Acampamento, e também planejamento para o MJ em 2008. Tem sido prazeroso servir ao Senhor, apesar das muitas dificuldades, minhas barreiras pessoais como cansaço, pouco tempo, e outras limitações, mas é muito válido, Deus merece o melhor.

Esse acampamento foi muito tranqüilo para nós que trabalhamos, tudo deu absolutamente certo, sem imprevistos ou atrapalhos, tanto, que todos nós aproveitamos bastante todos os momentos.
Eu dormi bem, comi bem, sai para almoçar em Gravatá com Sérgio e as meninas, e com os meninos da equipe para comer fora, alem da piscina, jogos, amizade com muitas pessoas novas. Esse ano tivemos um ônibus só da turma da Paraíba, pessoas de Maceió, São Paulo...
e Deus aproveitou aquele clima de tranqüilidade, usou situações para corrigir-me severamente e falar de modo poderoso ao meu coração. Tive ótimos momentos de oração, lágrimas, leitura Bíblica, um quebrantamento inesperado em pleno acampe.
Por causa disso precisei ficar sozinha em muitos momentos, para ouvir Deus, e aceitar suas correções, Ele é o Senhor, aprendi que se quero crescer nele, preciso está conectada, e colocar-me a disposição e submissão quando ele quiser falar comigo.

Pra mim 2008 começa terça 12/2, é nessa data que tudo realmente se inicia. Estive muito preocupada por que terei que estudar bastante esse ano, e não abro mão de servir a Deus, terei que ter cuidado redobrado com o uso do tempo, mas graças a Deus, a ansiedade foi substituída por fé, otimismo, o Espírito Santo me convenceu de que me ajudará em todos os momentos, e eu confio nele.
Que bom ter servido ao Senhor com alegria durante todo esse período de férias!!