Estou muito melancólica, chorosa, sensível, mas é uma pausa nas emoções anteriores; intensa agitação, euforia, alegria, atividades. Hoje NECESSITO de tranquilidade para minhas emoções e corpo!
Ontem foi um dia especial, formatura do Daniel, bastaria por si o momento, mas estava lá a figura emblemática do meu pai, em todos os anos após sua saída de casa, esse foi um dos poucos momentos em que ele esteve presente e foi gratificante.
Não o tive em meu casamento, formaturas, eventos significativos, por diversos motivos, a relação dele com mamãe sempre foi uma tempestade, e no final da história, nós os filhos pagamos o preço, afinal ficamos sem o pai por anos seguidos, nos habituamos com essa ausência, ficaram as lacunas, as feridas (agora saradas), o sentimento de que faltou alguém insubstituível.
Hoje vejo que não precisava ser assim, a briga não era minha com meu pai, mas fomos envolvidos de tal forma, nos tornamos os objetos usados entre eles, ficamos contra ele, assumimos uma dor, uma confusão que não era nossa, e a separação dos meus pais foi sinônimo do ficar ao lado de minha mãe e contra ele (que tolice).
Sinto um inconformismo, poxa, eu não devia ter ficado contra ele, por mais louco que ele fosse, era meu pai (o único que tive), não devia ter assumido os ressentimentos de ninguém, nem nutrido por ele a indiferença... pra quê? Pra depois de tantos anos dizer que tudo podia ter sido diferente?
Ontem mesmo em festa, lamentei silenciosamente, chorei por dentro tudo que perdi, o tempo, a convivência, os aprendizados, as alegrias que deixei de viver com esse velho pai, um homem simples, mas tão inteligente, determinado, outrora um galã (kkkkkkk), agora um senhor com ares dignos.
Vendo-o ali tão perto e ao mesmo tempo tão longe, lamentei por tudo ter sido da forma que foi, me culpo, por ter sido uma pirraia enfurecida contra ele, deveria ter insistido na amizade, culpo outros, culpo a vida, sei lá, tem pessoas que nunca devem sair da nossa vida, dentre elas estão o pai.
Mas ontem também foi um momento de alegria, sou a irmã do Daniel, conheço-o bem, um menino sempre doce, ele foi o bebê mais fofo, o menino mais tranquilo, não me lembro de vê-lo envolvido em grandes confusões, sempre foi aquele que afaga, beija, brinca, e sempre foi mais calmo e quieto que eu (bem, difícil encontrar alguém mais agitada que eu).
Hoje é meu líder, amigo, um rapazinho que independente do que falarem ou pensarem de mim, ele sempre vai saber quem sou, sempre acreditará em mim, e me amará incondicionalmente. Foi maravilhoso vê-lo ali concluindo seu curso com méritos, cercado de pessoas que o amam, sorrindo, dançando.
Daniel é um desses milagres de Deus. Por tantas virtudes, entendo e aceito resignada a evidente preferencia de mamãe por ele...
Nessa noite de emoções estava meu mano Manassés, representando os meus outros irmãos ausentes a tantos anos (João e Ana - saudade), estava o Sérgio, marido e amigo, amigo e marido, e sua capacidade ímpar de me empurrar pra frente, sua fé e amor initerruptos por mim. Estavam os amigos Tito, Rodrigo, Pr. Paulinho, Flávias, amigos que líderes, e mais irmãos que amigos, pessoas que amo, decidi amar para sempre!
Noite emocionante...
Deus estava ali entre nós, sorrindo, conversando comigo, me fazendo ver que Ele sempre cuida de tudo e de todos. POR ISSO ACIMA DE TODOS AMO ESSE DEUS!
Bem, vou terminar esse post, estou um poço de emotividade hoje, chorando à toa, MAS FELIZ por tudo, pensando nas pessoas, em mim, nas coisas, com certa melancolia.
Isso é a vida!
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