Que resposta daremos a essa sociedade caótica e auto-destrutiva?

Essa semana fui profundamente questionada sobre a sociedade e seu crescente caos, e as respostas que as diversas instituições vem dando a essa sociedade.

Questões como aborto, eutanásia, honestidade, suicídio, homossexualidade, pornografia, novas configurações de família, corrupção, foi um debate quente na aula de Ética.

Ao fim desse debate filosófico, ficou claro que ninguém tem respostas, nem igreja, estado, ciência, educação, por muitos motivos não estamos conseguindo dar respostas coerentes a essa sociedade.

De um lado a igreja continua seu discurso condenatório, o estado promete resolver, a ciência e a educação até identificam os graves problemas sociais, mas tudo persiste em rápida degradação.

O mundo sem Deus perdeu-se e está ai arruinando-se.

Há outras questões que fazem parte do cotidiano social, problemas antes pequenos, são gravíssimos e tornam a vida social caótica, o trânsito, obesidade, crescimento dos excluídos, violência, ditadura da moda, o consumismo, a mídia que esmaga valores e impõe um padrão inalcançável de beleza, valores equivocados, um relativismo dominante, apologia a rebeldia, ao ceticismo...

E nesse mundo as pessoas interagem, vivem, ou melhor disputam, se aniquilam, para sobreviver, crescer.

Comecei a ler o filósofo-sociólogo Zigmunt Bauman, que em seus escritos retrata fielmente a sociedade pós-moderna, e os processos auto-destrutivos. Poxa! Que sentimento ruim me bateu, eu vivo alienada, questões que são relevantes para milhões de pessoas, ficaram muitos anos ignoradas, como o filósofo mesmo diz, preferi não olhar, não ver, não me importar, e aqui em meu mundo, assimilei e guardei respostas prontas, dogmas e teorias prontas, que não tem nenhum sentido para os meus irmãos humanos.

Como uma pessoa participante de igreja, uma cristã atuante, teóloga, pedagoga, vi que minhas respostas não atendem essas pessoas.

Como representante de Jesus sinto uma necessidade enorme de calar minhas repostas enlatadas, parar de apontar meu dedo e ditar regras aos pecadores, e amá-los, ao invés de pregar-lhes, ouvi-los, ao invés de condená-los, acolhe-los, ao invés de ignorá-los, vê-los.

Mais do que dá minhas respostas, acho que preciso ouvir, APENAS ouvir a proposta de Deus, a Voz de Deus para essa sociedade, e assim reproduzi-la FIELMENTE, sem meus achismo, sem impor minhas opiniões.