7 de agosto de 2010

O que está errado afinal?

Terminou Julho, um mês especial pra mim, mês do meu aniversário, do ADORE, da chamada do Concurso que fiz, das férias. Um mês muito rico e trabalhoso, onde mantive contato com o PAI, cresci muito esses dias. Agosto começou com muitas coisas importantes e pessoais à resolver, além de ser necessário dá uma atenção especial a minha amada família, estou no último período, tenho estágios... ufa! Tenho orado mais pra poder dá conta de tantos compromissos, mas sinto meu coração apertado.

Mesmo tendo tantas coisas boas pra recordar e dizer, me questiono sobre o que está errado em mim e a minha volta, não sei explicar, sinto um desconforto incrível atualmente, um peso indescritível, apesar de orar, sinto que há muros gigantes e intransponíveis.

Meu mau estar tem estreita relação com as coisas que o Senhor vem plantando em meu coração. Deus tem sido enfático nos quesitos básicos como oração, leitura da Palavra, diariamente ouço-o dizer incessantemente: Tempo de consagrar-se inteiramente, tempo de permanecer comigo. Eu entendo esse convite do Senhor, vejo-o como a única alternativa para mim, tenho pregado sobre isso, levado ao meu grupo, mas ainda não consigo entender a totalidade disso.

Durante o Adore, enquanto ministrava essa ordem do Senhor foi muito explicita: CONSAGRE-SE! Não fique na superfície! Mergulhe, Cresça em Mim... Poxa Vida! Isso é tão gigante, tão complicado pra mim em meio a essa vida agitada que vivo!
E ai está um dos motivos do meu desconforto: Acho que estou protelando, não consigo ser absolutamente fiel a proposta de Deus, sinto em mim uma silenciosa resistência a Deus. Ainda convivo com intensa batalha para manter meu nível de comunhão com Ele, mas não sei como romper e mergulhar, parece que há um muro dentro de mim, me prendendo! Terrível isso!


Joel 2.13, diz da importância do rasgar o coração, não as vestes, o choro, o pranto, que resultam de um profundo arrependimento, entrega, paixão... preciso disso.

É absurdo o nível de insensibilidade, desconexão das pessoas quanto a Deus. Enquanto eu me preocupo profundamente por consagrar-me, muitos nem sabem porque seguem Jesus. Vivem preocupados consigo, com o futuro, outros O servem sem entender o valor do que fazem, outros apelam para um evangelho alternativo, conformista, adaptável ao meio, há aqueles que são religiosos, egoístas, os que buscam só as bênçãos de Deus, a tal teolgia da prosperidade anda em alta em todo canto.

Vejo pouca paixão, tantos interesses, muitas atividades, pouca devoção. Está tudo turvo, desarrumado.

Não posso consertar a vida dos outros, não posso mudar o mundo, nem anular a terrível influencia que ele exerce sobre as pessoas hoje, por isso sofro com a frieza e me sinto muito triste, desconectada, fria, confusa, muitas vezes desanimada.
Sou uma estranha, falando de coisas estranhas, sonhando coisas estranhas, pois devoção, santidade, busca ininterrupta são temas caretas pra esse tempo.

Será que ninguém percebe que está tudo desarrumado?

Será que as pessoas não percebem a urgência e a gravidade em que vivemos?

Porque tantos dormem?

Penso que seria necessário pararmos tudo, nossos cultos repetitivos e vazios da Verdade, calarmos pregações e louvores, deixarmos de lado nossas inúmeras atividades, como Corpo de Cristo, cairmos aos pés do Senhor, iniciarmos um período de jejuns, oração, busca por Deus, porque de fato há muita coisa sem sentido, há pouca vida (quem disser o contrário, mente ou está cego).


Joel 2.16 – Congregai um jejum santo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos, e os que mamam, ...17 – Chorem sacerdotes, os ministros do Senhor entre o pórtico e o altar e orem: Poupa teu povo, ó Senhor!...


Tantas coisas feitas em nome de Deus, mas não corresponderem de fato aos interesses dele.

Muitos ousam dizer que estamos crescendo, avançando, que vivemos um avivamento, mas a morte é visível entre nós.
Parecemo-nos com a igreja de Laudicéia, pensamos estar bem, quando na verdade estamos nus, pobres, desgraçados, mortos.
Estava tentado lembrar quando foi que o Espírito Santo pôde comandar nossos cultos? Nosso dia, nossas decisões, nossas vidas individualmente...
Quando vimos curas, milagres, restauração de verdade? Quando foi que tivemos encontros de muita oração, quebrantamento, paixão, demorada leitura da Palavra? Cadê aquelas reuniões que ninguém queria sair de tão boas que eram?
Tudo está sem vida hoje, mas não admitimos porque somos orgulhosos demais. Há muito movimento, barulho, brados, mas pouco fogo de Deus.

Ser igreja nesse cenário caótico é difícil. SINTO MUITA SEDE DA PRESENÇA DE DEUS!

As vezes quero me conformar, quero pensar que esta tudo bem e eu sofro á toa, mas nesse mês de julho, entendi que as angustias que pesam em meu coração, trata-se do sentimento do próprio Deus, por estarmos tão distantes da Verdade, dele.

Não estou aqui fazendo uma critica a denominação, nem acusando ninguém, faço sim uma auto-critica, quero partilhar esse meu desejo de viver mais de Deus, de ver Seus Filhos numa dimensão de vida que desconhecemos.


Gostaria de ter contato com aqueles que realmente sentem sede de Deus, querem buscar o Senhor, quero convocar a todos que lêem esse blog a iniciarem um novo tempo de busca e entrega ao Senhor, sem adiamentos, sem reservas.

Precisamos ser o que diz Salmos 24.6, Essa é a geração dos o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó. URGENTE! Deus nos convida a uma vida de ininterrupta comunhão.

A DEUS SEJA GLÓRIA E TODA MINHA VIDA!

Amém!

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